Os Maias - história, mitologia e locais
O povo Maia hoje localizado na América
Central, em países como Guatemala, cinco estados do México
(Yucatan), Belize, Honduras e El Salvador.
São originários das estepes da Ásia, inseridos nas grandes migrações da humanidade, quando da glaciação há cerca de 70.000 anos, resultante da erupção do mega vulcão Toba na Indonésia, que provocou a união entre a Ásia e a América, através do estreito de Bering.
São originários das estepes da Ásia, inseridos nas grandes migrações da humanidade, quando da glaciação há cerca de 70.000 anos, resultante da erupção do mega vulcão Toba na Indonésia, que provocou a união entre a Ásia e a América, através do estreito de Bering.
Há referências da existência da civilização Maia com
mais de 4.000 anos.
O mito da
criação relatado no “Popol Vuh”
O termo Popol vuh, traduzido do idioma Quiché
como “livro da comunidade”, é um registo documental da cultura Maia, produzido
no século XVI, e que tem como tema a concepção de criação do mundo deste povo é elemento importante para se entender a civilização Maia.
- À semelhança de outras religiões, o mito serve para explicar o que os “homens” não souberam explicar.
- · O ato da criação Maia tem também presente o confronto entre os senhores do “Supra mundo” e os do “Infra mundo”.
- · A adoração e submissão aos deuses é fator essencial para a sobrevivência entre os Maias e o Popol Vuh explica muitas das crenças e rituais sanguinários e sacrifícios humanos dos Maias.
- · O sangue é fator de adoração e oferta aos deuses, para pedir favores.
- · Aos perdedores é lhes arrancado o coração (ainda vivos) e cortada a cabeça e o seu sangue é derramado, como louvor aos deuses.
- · O milho é a razão e a fonte da vida. A agricultura é a fonte de manutenção da vida.
- A civilização Maia, não se desenvolve suportada num império, mas sim dispersa por um conjunto de cidades estado, que ora confraternizam, ora entram em conflitos até ao extermínio, em ciclos de apogeu e abandono até ao desaparecimento.
- Apesar de grande investigação, a comunidade científica ainda não conseguiu explicar este fenómeno do abandono de grandes centros urbanos e cidades.
O mito Maya da criação - Popol Vuh
A civilização maia foi
uma cultura mesoamericana pré-colombiana,
notável pela existência da sua língua escrita (único sistema
de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia
representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que
o idioma escrito no velho mundo), pela
sua arte, arquitetura, matemática e sistemas
astronómicos. Inicialmente estabelecidas durante o período
pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu
mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a
900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico,
até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente
povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.
A arquitetura Maia era bastante desenvolvida e
ostentava obras grandiosas, tecnicamente qualificadas e com grande variedade e
beleza de formas.
A civilização Maia, não se desenvolve suportada num
império, mas sim dispersa por um conjunto de cidades estado, que ora
confraternizam, ora entram em conflitos até ao extermínio, em ciclos de apogeu
e abandono até ao desaparecimento.
O abandono sistemático de grandes
cidades com importantes estruturas arquitetónicas e monumentais, tem tentado
ser justificado por várias teses que de alguma forma podem ser complementares.
Umas, por exaustão da produção dos terrenos, com base num excesso de população,
ou ainda o esgotamento do potencial agrícola dos solos e a caça
excessiva. Outras que resultaram alterações climáticas originárias na
destruição das florestas, e/ou no fenómeno “el niño”. Tudo resultante em
migrações massivas para terras mais produtivas.
Apesar de grande investigação, a
comunidade científica ainda não conseguiu explicar este fenómeno.
Com a chegada dos espanhóis e
consequente ocupação, a civilização Maia já se encontrava em declínio. Porém
algumas medidas como a destruição massiva de documentação escrita por
iniciativa de Frei Diego de Lalanda, fez que com a investigação nesta área se
tenha tornado extremamente difícil.
Os povos maias nunca desapareceram, nem na
época do declínio no período clássico, nem com a chegada
dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização
espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações
consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de
tradições e crenças que são o resultado da fusão
das ideologias pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela
aprovação quase total ao catolicismo romano). Muitas línguas
maias continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje; Importantes
centros urbanos Maias, foram consideradas obras-primas do Património da Humanidade pela Organização
das Nações Unidas.
Na
pegada Maia
Vamos integrar visitas ao México, Guatemala e
Honduras.
Separando temporalmente o período pré Hispânico
do Período Colonial até aos nossos dias.
Visita
ao México
Período
Pré Hispânico
1.
4. Museus em Antigua
Museus Pós coloniais e locais de referência
Museu da cultura Maia
Museus Pós coloniais e locais de referência
Da
ocupação Espanhola e Guatemala de hoje
14. Cultos mistos Dominicano e
Maia em Chinchicastenango e outros locais
Com a colonização espanhola
aceitam-se compromissos, como a realização de práticas de fogo eterno nos
corredores principais das igrejas, os santos serem exibidos com gravatas (quanto
mais gravatas, mais milagrosos são). Ainda quando uma pessoa morria a alma
dividia-se em duas partes, uma que era julgada segundo o ritual Cristão e a outra
parte ia para o ambiente Maia para reencarnar…
18.
21 12 2012 Armageddon - Do início ao fim do mundo
. Partilho convosco o
resultado de alguma investigação e reflexão que fiz sobre este tema relacionado
com o, "Principio e o fim do mundo", já alguns anos. Onde na primeira parte se
apresentam dados científicos e na segunda os mitos relacionados com a cultura e o calendário Maia.
Parte I - Do início ao fim do mundo
Parte II - O Calendário Maia
Armagednnon 2012 - Da Ciência aos Mitos
Sob o ponto de
vista exotérico, "1221" é um número mágico, em termos de numerologia
maçónica, da cultura Maia e outras culturas, com toda a carga emocional
associada.
Mas sob o ponto de
vista objetivo e científico, o que se pode dizer?
História e influências
Origem
Acredita-se que o
manuscrito original do Popol Vuh tenha sido escrito por volta de 1554-1558, em
alfabeto latino no idioma Quiché. No entanto, permanece perdido até os dias
atuais. Este documento foi traduzido para o castelhano pelo frei Francisco
Ximénez em 1701, e encontra-se hoje em Chicago, na Biblioteca Newberry. Em
1861, Charles Étienne Brasseur de Bourboung baseou-se em uma tradução de Carl
Scherzer e publicou em francês o texto com o nome de Popol vuh.
Influência cristã
Não apenas o Popol vuh, mas outras
narrativas indígenas da Mesoamérica sofreram forte influência cristã durante o
período colonial. Em aspectos gerais, os cronistas responsáveis pela compilação
da cosmogonia maia atrelaram a ela valores e códigos que faziam sentido apenas
à cultura cristã. Em certos trechos do Popol vuh, é possível notar semelhanças
com o discurso bíblico.
As idades do mundo segundo os Maias
De forma simplificada,
podemos descrever as quatro idades narradas pelo Popol vuh desta maneira:
1ª idade:
1ª idade:
·
No início havia calma, silêncio e
imobilidade.
·
Os deuses decidem, juntos, criar o
homem. Antes disso, criaram as árvores, a vida e os animais. Os últimos, apesar
de terem sido dotados de voz, não foram capazes de invocar os deuses, e por
isso foram punidos, que passariam a ter suas carnes servidas de alimento.
·
Foi criado então, do barro, o homem, mas
estes se desmanchavam facilmente e eram incapazes de louvar os deuses, que em
consequência destruíram-nos.
2ª idade:
·
Os deuses consultaram os adivinhos
Ixpiyacoc e Ixmucané para criar um homem que pudesse invocá-los, e a indicação
obtida foi fazê-los de madeira. Os homens de madeira povoaram a terra, mas
possuíam sequer alma ou entendimento, portanto não podiam invocar seus
criadores. Foram destruídos com um dilúvio, e os sobreviventes tornaram-se
macacos.
3ª idade:
·
Epopeia dos Gêmeos. Os Gêmeos tornam-se
o Sol e a Lua.
4ª idade:
·
Criação dos homens de milho, que se tornaram
a atual humanidade.
·
Estes possuíam percepção do mundo e
invocaram seus criadores, que lhes concederam limites mortais, para que não
ameaçassem a soberania dos deuses.
Deuses
Segundo historiadores
e demais estudiosos do período colonial, o Popol vuh e outras fontes contendo
narrativas religiosas dos nativos americanos apresentam o mesmo problema quando
analisadas: a posição dos deuses e divindades mesoamericanos foi moldada a
partir de visões cristãs de importância e hierarquia, o que teria provocado uma
distorção sobre a real importância que os maias concediam a cada deus, ou mesmo
como este povo concebia a noção de divino. Eduardo Natalino dos Santos diz: “Os
textos produzidos pelos próprios nativos ou baseados em declarações de sábios e
informantes mostram que tais prioridades deram aos deuses um lugar que não
coincidia com aquele que ocupavam dentro do pensamento mesoamericano[2] ”.
Alguns Personagens
·
Quetzalcoatl ou Gucumatz
Divindade de papel
central na criação das diversas humanidades, em especial a atual. À época da
chegada dos espanhóis na América, era um deus reconhecido por boa parte das
tribos mesoamericanas.
·
Ixpiyacol e Ixmucané
Ixpiyacol e Ixmucané
são interpretados como adivinhos e guias espirituais dos maias. Consultados
para a segunda criação dos homens, sugerem que estes sejam feitos de madeira,
após lançarem a sorte com grãos de milho.
·
Huracán e Tepeu
Ao lado de Gucumatz,
deuses iniciais da narrativa maia. Huracán (Coração do Céu), Tepeu e Gucumatz
ou Quetzalcoatl (progenitores que estavam na água rodeados de claridade e sob
plumas verdes e azuis), juntos, decidiram criar o mundo, as coisas nele
presentes e a humanidade.
·
Hunahpú e Ixbalanque
Gêmeos que perturbaram
os senhores do Inframundo e, após se lançarem em uma fogueira, tornaram-se o
Sol e a Lua.
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